“Saímos dançando, o que mais podíamos fazer?”
Foi um grande presente encontrar o senhor João Batista naquele dia. Um senhor muito simples, já idoso, que estava lá entre outros pacientes, acompanhado de seu filho, que por acaso, já era um conhecido meu.
Começamos a nossa conversa com ele que já de início foi muito empático conosco, abrindo largos sorrisos e nos contagiando, tanto que a certa altura não sabia se éramos nós que o contagiava com nossas idiotices ou ele que nos contagiava com sua simpatia e generosidade. Perguntei se ele queria uma dose da injeção da alegria, que sempre carrego em meus enormes bolsos, e ele, mesmo um tanto ressabiado, prontamente aceitou.
Aplicamos então a injeção na sua perna, mas o efeito foi tão grande que desencadeou um ataque de risos no seu João, que gargalhava sem parar naquele quarto. A emoção foi tanta que contagiou todo o quarto, e logo todo mundo estava caindo na gargalhada. Foi um momento incrível, daqueles que você se sente tão vitorioso quanto privilegiado de ter passado esse tempo incrível com o seu João Batista. Saímos dançando, o que mais podíamos fazer?